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quinta-feira, 23 de junho de 2011

FREUD EXPLICA

Com a liberdade de expressão e o rompimento de assuntos, antes considerados tabus como o sexo e o uso de drogas, marchas polêmicas vêm ganhando a mídia e descarando o que há muito se tornou evidente: a decadência da vergonha brasileira. Triste, mas a verdade. Hoje neste post vou focar principalmente em um movimento que mostrou o quanto a alma brasileira é mesquinha – sem querer generalizar, é claro -. Existem pessoas com um mínimo de decência como eu e você que sabem, e eles também, que os motivos por trás dessas revoltas populares são de cunho muito mais político do que social. Alguns críticos apontam a “marcha da maconha”, rebatizada como “marcha da liberdade”, como um golpe de direita pra obrigar o governo a legalizar o uso da maconha. Engenhoso até, pois assim eles teriam algo a mais para usar a seu favor.

A “marcha da liberdade” ocorrida no dia 28 de maio, em São Paulo, teve como objetivo defender a descriminalização do uso de drogas leves, como a maconha. Obviamente mais um jeitinho brasileiro de contornar a situação, uma vez que o movimento originário teve como objetivo defender a legalização do uso de drogas consideradas “leves” como a maconha, contudo o movimento foi proibido pela justiça. O alucinógeno progenitor da marcha marcou presença – afinal, como não levar as ruas o convidado de honra?


Defensores hipócritas do movimento, obviamente fãs da “erva do capeta”, comparam a marcha ao ocorrido no mundo árabe como Egito, Líbia e Tunísia, movimentos estes que eram contra os regimes políticos repressores de seus países.

Um exemplo que deveria ser aplaudido por todos aqueles que, volta e meia, criticam o marasmo e a alienação da juventude. 'Ah, mas isso é coisa de maconheiro, de vagabundo', dirão alguns. Bom, mas que mal há em, pacificamente, defender a mudança da ordem estabelecida? A maconha é uma realidade que, em algum momento, passará pela vida de praticamente todos os jovens brasileiros. Atire à primeira erva aquele que nunca fumou ou nunca teve alguém na família que tenha tido contato com algum tipo de droga. Os jovens, simplesmente, não aceitam mais a hipocrisia”. Disse Leonardo Attuch, colunista da Isto é.

Para Leandro Attuch o fato de alguém em sua família ter usado a droga justifica a descriminalização do uso do entorpecente e como ele mesmo deixa explicito, deveríamos apoiar o movimento por isso. O que Attuch não evidencia é que a famosa “erva hippie” é um trampolim para o uso de drogas mais pesadas como a cocaína e outras drogas sintéticas. É fato consumado que os viciados em drogas “pesadas”, na sua ampla maioria começaram pelo uso da maconha, que com o tempo tornou-se insuficiente. E não falo pelo ponto de vista rebelde de um jovem que acredita que este movimento não passa de um “movimento de maconheiro”, falo do ponto de vista de um jovem que vivencia em sua família o drama que o uso das drogas causa. Por isso sou contra.


FHC é outro que defende a causa, e afirma que os governos estão perdendo a guerra contra as drogas e que o apoio à descriminalização dos entorpecentes leves é a tendência social que mais cresce no mundo. Resta saber o que ele faria se o fato ocorresse em seu falido mandato.


O Jornalismo InFocus entrou em contato com Freud através de uma sessão espírita e pediu maiores esclarecimentos sobre o que vem acontecendo na sociedade brasileira. Freud explica que o sincretismo de culturas e a fusão de tipos étnicos, que resultou na sociedade brasileira, podem ter sido a principal causa que resultou nesses movimentos. Segundo Freud a construção do caráter de um indivíduo necessita de uma base sólida. Como não existe uma identidade e uma base que defina o caráter do brasileiro, isto pode gerar um rompimento moral, o que gera essa série de crises sem sentido, como a “revolta da maconha”.


Será que em algum momento alguém considerou, por mais remota que fosse esta hipótese, o que aconteceria a nossa sociedade se essas revoltas gerassem algum resultado? Todos nós sabemos que não existe uma estrutura de segurança que comporte um país deste tamanho, e que querer compará-lo a um país de primeiro mundo é, sem sombra de dúvida, cometer suicídio.

Outros críticos, como Dennis de Oliveira, da Revista Fórum, vão mais além.

A Marcha da Liberdade aconteceu, sem graves incidentes, na tarde do dia 28 de maio, na Avenida Paulista e Rua da Consolação. Jovens, negros, mulheres, heteros e homos, inconformados em geral, pessoal puto da vida com a democracia de fachada praticada pelas elites do poder que consideram liberdade de expressão quando o deputado Bolsonaro ofende negros e homossexuais, mas chamam de apologia ao crime defender a descriminalização das drogas e do aborto. Os meios de comunicação, Globo à frente, chamam o movimento de ‘marcha da maconha’. A Justiça proíbe, desrespeitando o direito de manifestação previsto na Constituição. A Polícia Militar do PSDB – aquela mesma ausente quando se trata de proteger os homossexuais constantemente vítimas de agressão dos grupos de neonazistas na Avenida Paulista – desce a ripa. Os jornais se sensibilizam somente porque seus repórteres também foram agredidos, afinal para eles ataque à ‘liberdade de expressão’ só existe quando eles são atingidos”. Disse Dennis em seu blog.

Diferentemente de Leandro Attuch, Dennis deixa claro o quanto nossas elites no poder são hipócritas. E faz uma defesa, não ao movimento em si, mas ao direito – sufocado de forma engenhosa por nossos governANTAS – de expressão.

Nossos jovens precisam, sim, fazer isso mais vezes. Mas ao invés de defender a imoralidade, deveríamos buscar defender a opressão que é feita de forma indireta sobre nós e, para além disso, combater essa falta de vergonha em nossa política.

Houve algum movimento decorrido da sabedoria lógica de Sérgio Moraes ao dizer: “Estou me lixando para a opinião pública. Até porque parte da opinião pública não acredita no que vocês escrevem. Vocês batem, mas a gente se reelege”?

É hora de acordarmos.

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Veja alguns vídeos sobre o assunto (para não esquecer o que já foi dito!)



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