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sábado, 24 de março de 2012

ATRAVÉS DOS TEMPOS

O poema épico, escrito no século XIV, é dividido em três partes, seguindo a viagem do poeta através do Inferno, Purgatório e Paraíso. O livro é visto como um dos pilares da literatura mundial. Mas a organização dos Direitos Humanos italiana, Gherush92, que aconselha organismos da ONU sobre questões de direitos humanos, quer que ele seja removido dos currículos escolares, ou pelo menos utilizado com mais cautela, por ter passagens “ofensivas e discriminatórias” e os jovens não possuírem os “filtros” para compreendê-las no contexto. (fonte: opinião e notícia) 

Não bastasse a ignorância brasileira, parece que a maldição de Monteiro Lobato atravessou o atlântico e chegou à Itália. Sim, para os desinformados, o livro “Caçadas de Pedrinho” foi alvo de inúmeras discussões. O Conselho Nacional de deseducação, opa, Educação, queria censurar a obra porque continha passagens racistas. Uma amostra clara de que as pessoas não sabem ler, ou ainda, entender o contexto e processo histórico que há, como pano de fundo, por trás de uma obra como as de Lobato, por exemplo. 

O mesmo aconteceu ao falecido Dante. Segundo a Organização de Direitos Humanos Italiana, Gherush92, o livro deve ser removido dos currículos escolares por conter passagens “ofensivas e discriminatórias” e que os jovens não possuem “filtros” para compreendê-lo. Concluindo temos dois agravantes: na Itália, onde o nível educacional está a anos luz da educação brasileira, os educadores não sabem lidar com obra e que os jovens são burros. 

Entretanto, algumas pessoas não se mostraram inertes diante de tais declarações como o poeta e crítico literário Maurizio Cucchi. Segundo Cucchi “os benefícios a serem obtidos a partir da leitura e do estudo da Divina Comédia são tantos que declarações deste tipo são simplesmente ridículas”, afirmou. Mas Maurizio Cucchi não foi o único estudioso lúcido que se postou a frente desta sandice divulgada pela Gherush92. Giulio Ferroni, historiador literário, crítico e autor, disse que esses comentários faziam parte de “outro frenesi do movimento ‘politicamente correto’, combinado com uma total falta de senso histórico”. Após este surto de bom senso, Ferroni ainda afirmou que é necessário ler a Divina Comédia em seu contexto. 
“Você poderia até incluir algumas notas a mais, mas seria loucura abandonar o estudo de uma obra que ajudou a construir a imagem da humanidade”, completou Giulio Ferroni. 
Alguns trechos foram destacados para justificar este atentando conta a cultura como o 28º, no qual Maomé é retratado rasgado “a partir do queixo para baixo da forma mais abominável possível” e o 26º dia no purgatório, que mostra os homossexuais sob uma chuva de fogo. Para completar a piada, a Gherush92 disse que NÃO defendia a censura e a queima dos livros, mas que fosse reconhecido que a obra tem conteúdo racista, antissemita e islamofóbico. Valentina Sereni, presidente da Gherush92, provando sua ignorância, completou: “a arte não pode estar acima de qualquer crítica.” 

Se esse retrocesso mental continuar, daqui uns dias alguma ONG de nível igual ou mais baixo que esta defenderá a retirada da bíblia do “currículo religioso”, já que a historinha de Caim e Abel é a personificação máxima do racismo.

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