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POLÍTICA TORNA-SE UM JOGO DE AZAR

A política brasileira se tornou mais do que um bem necessário para o desenvolvimento da nação. Tornou-se um jogo de azar onde só cabe a nós apostar e orar para que...

FREUD EXPLICA

Com a liberdade de expressão e o rompimento de assuntos, antes considerados tabus como o sexo e o uso de drogas, marchas polêmicas vêm ganhando a mídia e descarando o que há muito...

COMO PRODUZIR UM TEXTO?

Quem nunca passou pelo desespero de ter que produzir um bom texto, seja por motivos profissionais, acadêmicos ou, porque não, pessoais? Sem ideias, inspiração, tempo...

A MÚSICA PERDE O SIGNIFICADO

Foi-se os tempos em que podíamos ligar o rádio e dizer que se estava ouvindo música. Grandes clássicos parecem ter caídos no esquecimento, sobrepujados por uma geração...

NO FUNDO ELES SÃO A MESMA COISA

Contradizem-se, brigam, trocam alfinetadas e se criticam, mas no fundo eles são a mesma coisa. Dilma e Serra são exemplos vivos de luta pelo egoísmo. Prometem grandes feitos...

sábado, 11 de agosto de 2012

JUSTIÇA É CAOLHA, NÃO CEGA!


Não é novidade para ninguém que no país do samba a lei não funciona, alias, funciona para os pobres e mortos de fome que roubam para alimentar a própria miséria como no caso da doméstica Angélica Aparecida, em 2006, que foi presa por roubar um pote de manteiga. Segundo o site Notícias Terra, a "Justiça" havia negado o pedido de liberdade da promotoria, na época já era a quarta vez, e havia alegado que não concedeu a liberdade provisória da mulher porque, segundo o proprietário do supermercado, a doméstica havia o ameaço de morte. Ela negara as acusações, porém.

Apesar de dramático, nossa justiça mostrou o quanto pode ser certeira e eficaz. Essa população morta de fome não pode ficar solta nas ruas roubando, cometendo crimes e utilizando a fome como pretexto, isso não justifica... Roubar populações inteiras, sim.

Não é de hoje que a impunidade se mostra inerente a elite política de nosso país, no belo português os ladrões desonestos e safados com muito dinheiro e eleitos por nós, enquanto que a classe trabalhadora, burra e acomodada, sequer pode ser autuado roubando um chicletes. Um exemplo claro de impunidade, porém não inédito, foi o caso de Edmar Moreira(DEM, MG), esse mesmo que construiu um castelo dos sonhos no interior de Minas Gerais e só Deus, ou o diabo, sabe de onde veio esse dinheiro todo - nós também sabemos, mas preferimos ignorar. Como em todo caso que envolve políticos corruptos, safados e sinceros como Palocci, Dilma, FHC e Lula, ele foi absolvido de todas as possíveis e impossíveis acusações. Não é de se surpreender, afinal, é o país do carnaval. Outro exemplo de impunidade, mais recente, foi o caso de um ex-deputado da Paraíba, Luiz Fernando Carlo Filho, que estava dirigindo alcoolizado, em Curitiba, e perdeu o controle do carro, que estava em alta velocidade, batendo, assim, em outro veículo, matando duas pessoas.


Vemos o quanto a Justiça brasileira é caolha, assim. Uma justiça que só funciona para os miseráveis, para os honestos, e, principalmente, para os que roubam menos de cinco reais. Não podemos nos esquecer que o país do samba é o país da falta de respeito e interesse, também. O Brasil que se orgulha em pagar a conta da elite, em 2014, é o mesmo que não se preocupa que a justiça seja feita no país. Como diria o velho ditado "povo é caso de polícia". Mas e essesintocáveis? É caso de quem?

Deixo livre a opinião.

Publicado originalmente em Coranto News

UM POUCO DE MÍDIA E MODERNIDADE - UMA OUTRA VISÃO SOBRE THOMPSON

Podemos dizer que algumas características que cercam o mundo moderno tiveram suas raízes na Europa, mais precisamente na Idade Média. Transformações políticas, sobretudo o que se diz respeito à criação dos Estados Nacionais foi um importante fator. Na Idade Média as unidades políticas eram muito fragmentadas, mas este número diminuiu bastante graças ao poder coercitivo exercido por lideres que viam a necessidade de ter um estado mais centralizado. Entretanto, enquanto alguns países criavam medidas de protecionismo de seus territórios, as maiores potências buscavam expansão ultramarina, como o caso da Inglaterra, que fixou colônias nas Américas e em outras regiões que séculos mais tarde, com a independência, deram origem a outros Estados próprios. Tudo isto no âmbito do capitalismo, que explodiu no mundo inteiro com a Revolução Industrial. Agora se podia usar dos meios de produção para produzir mais e em maior quantidade. 

Os estados nacionais modernos foram se consolidando e através do poder simbólico, em forma de nacionalismo, que muito interessava aos governantes, e, assim, o controle e propagação dos ideais podiam ser feito de forma mais "tranquila". Esta característica que nasceu nesta época e perdura até hoje, o nacionalismo, ainda é uma realidade das sociedades contemporâneas, principalmente na Europa devidas às duas guerras mundiais que ela presenciou. Mas isso só foi possível graças à ruptura do monopólio do poder simbólico da Igreja graças ao fortalecimento dos Estados. Contudo isto não foi o único resultado que levou ao declínio da Igreja sobre o monopólio do poder simbólico. O desenvolvimento das ciências acompanhou este processo de perda sobre o poder político e simbólico da Igreja. Tendo seus dogmas cada vez mais contestados, a mesma tentou medidas de censura estremas, mas o declínio do poder da Igreja Católica era um destino certo. Como resultado, tivemos o desenvolvimento da literatura e a propagação do conhecimento. 

Com o desenvolvimento tecnológico a mudança do meio de escrita para o impresso, houve uma revolução quase mágica. Os livros agora podiam ser impressos em maiores quantidades e isto causou um impacto muito grande nas sociedades. Neste contexto entra a criação da impressão feita em papel pelos chineses, além das presas móveis, adaptadas mais tarde por Gutenberg e espalhada pela Europa. Porém, a impressão não era feita em latim, e sim na língua do povo. Inicialmente era uma pequena parcela que sabia ler, mas era uma quantidade significativa de consumidores. A imprensa passe a ter um caráter, mesmo que tímido, puramente mercantilista. 

O surgimento da imprensa foi um grande passo para a humanidade. Pois antes desta, a divulgação da informação era feita de forma lenta, e poderia levar dias e até meses para chegar de um estado ao outro. Todavia, com a criação de periódicos, mesmo que ainda fosse mais lento sua propagação, a informação era passada de forma mais precisa. Tempos depois se dará o nascimento das empresas jornalisticas, que junto com o surgimento de novas tecnologias, alguns séculos depois, crescerá vertiginosamente. Anteriormente o conteúdo que compunha este suporte era composto por noticias estrangeiras, e isto passará a ser substituída por noticias do próprio país. Do ponto de vista político, haverá uma censura muito grande, fazendo nascer o que até hoje se é muito discutido: a liberdade de imprensa. 

A ainda nova e eminente esfera pública burguesa enxergou nesta mídia uma forma de divulgar e legitimar o seu discurso, ampliando seu poder e consolidado o poder econômico, visto até então como a solução para todos os problemas: o capitalismo. 

A manipulação feita pelas mídias até os dias de hoje, podemos dizer que teve suas raízes nos ideias egoístas da burguesia. Com o crescente desenvolvimento tecnológico, o surgimento do rádio, do telégrafo, da TV, e, posteriormente da internet, a comunicação dominou todos os cantos do mundo. 

A comercialização da informação que nasceu destes mesmos meios não pode ser considerada como algo ruim, e seus benefícios para a humanidade é inquestionável. A facilidade do acesso a informação, na divulgação da mesma hoje é algo instantâneo, e isto quebrou barreiras de vários pontos de vista, mas um que merece destaque é a cultura. A humanidade progrediu muito e ainda progride, hoje estamos na era da WEB, o amanhã ainda é incerto, mas seja como for, isto apenas resultará em progresso, tão característico da raça humana.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A INVENÇÃO DAS TRADIÇÕES


Somos constantemente guiados por valores que sequer sabemos o motivo de tal comportamento. Tendo como base o nascimento de uma tradição, que tanto marca os valores histórico-sociais de uma determinada cultura, as tradições, normas e valores transmitidos de pai para filho se mantêm e prosperam. Algumas se desmancham, outras duram por séculos a fio como a religião, por exemplo, mas o fim é certo para uma grande maioria delas. 

As tradições, podemos simplificar grosso modo, funcionam como uma espécie de controle comportamental dos indivíduos de uma mesma sociedade, uma espécie de transe generalizado. Ou seja, para se manter o controle sobre o modo de vida, do pensamento, de como as pessoas se comportam ou mantêm suas vivências sociais é preciso de algo que legitime essas atitudes. Por séculos a religião Cristã manteve este tipo de monopólio das atitudes de seus fies com suas normas e crenças que ao longo da vida foram transmitidas dos avôs aos pais, dos pais aos filhos. E assim podemos dizer que ainda funciona. Quem nunca deixou de comer carne em uma sexta-feira da paixão por respeito à morte de Cristo? Quem nunca deixou de dizer palavras de baixo calão em tempos de quaresma por medo da “mula-sem-cabeça” ou “mão peluda”? Quais os fundamentos que implicam estas questões que tanto nos são transmitidos? A resposta pode ser simples e resumir a forma como a história da humanidade se construiu: controle sobre o pensamente, sobre as atitudes e, principalmente, sobre a vida de um indivíduo. 

Para alem disso, podemos dizer que as tradições possuem todo um contexto social e que seu surgimento está intimamente ligado a instituições ou líderes que possuem certos interesses, sejam de ordem econômica ou política. Hoje se tornou quase um ritual as famílias brasileiras sentarem-se em frente à TV para assistir o que acontece no Brasil e no mundo nos telejornais vazios e repetitivos que há na TV aberta. As opções são muitas, mas o padrão Global de televisão é um só. Tendo como modelo a ser seguido, o Jornal Nacional tornou-se símbolo de jornalismo, um tradicional padrão que é imitado e seguido, não apenas por outras emissoras televisivas, mas por milhões de pessoas que responde “boa noite” ao ícone do telejornalismo: William Bonner. 

Entretanto muitas das tradições que seguimos, uma maioria sem fundamento, são reconstruções de fatos passados que funcionam como uma espécie de construção do mito de um herói. Na história do Brasil temos vários ícones que ilustram bem esta questão como Tiradentes, Deodoro da Fonseca, Vargas e até mesmo J.K. Mas o que podemos observar é que destes “heróis fabricados” é que juntamente com sua falsa ideia de honra nascem, também, novos valores e novas formar de obter a manipulação sobre as massas. Não obstante, esses valores atravessam gerações, e se mantém intactos, com um provável indício, porem inexistentes, de desaparecer. Um exemplo clássico de tradição mantida é a “Hora do Brasil”, um jornal difusor que é transmitido em todas as estações de rádio no período das 7 as 8 da noite, mas que poucos dão atenção. 

Alguns sistemas, econômicos e políticos, também podem se tornar, de certa forma, uma tradição. Envolvendo toda uma estrutura de ordem social, que acaba por inferir na cultura de uma determinada sociedade moldando sua forma de pensar, esses sistemas podem ser transformados de uma hora para outra, mudando contigo os ideais de sua população, como o ocorrido na Alemanha. Antes de ser derrubado, o muro de Berlim dividia a Alemanha em dois blocos: A República Federal da Alemanha, constituído pelos países capitalistas e, claro, encabeçados pelos EUA e a República Democrática Alemã, que democrática não tinha nada e obrigava os moradores deste bloco a se filiarem ao partido, obrigando aos que não colaboravam com tais ideais a fugirem para o outro lado, como demonstra o filme Adeus Lênin. Embora ambas as partes coexistissem, o bloco socialista não aceitava o inebriante mundo do capitalismo e seus ideias de liberdade econômica, lucro como fator de preexistência e falso caráter de igualdade. O capitalismo seduz as pessoas a acreditar no sonho utópico de que qualquer um poderia enriquecer, mas que na prática, como demonstra o documentário “Capitalismo, uma história de amor”, isso nunca acontece realmente. 

Adeus Lênin demonstra de forma sublime como tais tradições podem ser criadas e desfeitas do dia para noite. Tendo como protagonista o jovem Alex, o filme mostra a luta do pequeno “cosmonauta” para manter sua mãe viva, que após ter enfartado por vê-lo na luta pela reunificação da Alemanha, entra em coma profundo e dorme por cerca de 8 meses, não acompanhando as mudanças sociais e políticas que acontecera no país. Alex consegue construir um mundo de fantasias para sua mãe, na tentativa de impedir que ela morresse por conta de outro ataque cardíaco, e transforma a RFA (República Federal Alemã) em um governo aceitável. Ela morre, mas Alex transformara a Alemanha para sua mãe em um país dos sonhos onde todos gostariam de viver... Em suma, podemos concluir que as tradições nada mais são do que uma forma de moldar comportamentos, legitimar instituições e construir de forma sutil a legitimidade de visões políticas. Embora às vezes duradouras, são mutáveis e nenhuma dura para sempre.

terça-feira, 27 de março de 2012

A DIARISTA

Dilma, para a infelicidade de muitos, e alegria de outros mais, foi eleita para a presidência. Prometeu acontecimentos épicos como, por exemplo, a erradicação da miséria no Brasil em seu mandato. Entretanto, sua candidatura começou com um conturbado acontecimento, há alguns meses, que ficou marcado na mídia como a “faxina nos ministérios”. Mal feita, alias.

Com o inicio de seu mandato, uma série de ministros é afastados por pressões e denúncias de corrupção. Antonio Palocci, ex-ministro chefe da casa civil, foi afastado por conseguir multiplicar seu patrimônio em 20 vezes entre o ano de 2006 e 2010. Sem explicações que justificassem este feito quase mágico, é substituído pela Gleisi Hoffmann (Casa Cívil); O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, deixa o ministério por diferenças com o governo. Após um surto de sinceridade, é afastado por dizer que votou em José Serra entre outras séries de declarações polêmica a Revista Piauí.
À revista "Piauí", que chega às bancas nesta sexta-feira, ele - Nelson Jobim - disse que a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) é "fraquinha" e que Gleisi Hoffmann (Casa Civil) "sequer conhece Brasília". O ministro, no entanto, negou durante a tarde que tenha se referido de forma pejorativa ao trabalho das ministras. (fonte: jornalagora)
O ocorrido se espalhou na velocidade da luz. Em questão de minutos a noticia das exonerações estavam em diversos sites de notícia e blogs de informação. As declarações de Jobim, e a série de afastamentos ocorridos foi um prato cheio para a oposição. Segundo diversos site e blogs, as demissões que evidenciaram o que já era claro, a corrupção, foi à medida mais séria que Dilma tomou em seu inicio de governo, alias, a única medida tomada. 

Além de Jobim, afastado por dizer o que pensa, e Palocci, por fazer milagre, Wagner Rossi, ex-ministro da agricultura, Pedro Novais, ex-ministro do turismo, e Orlando Silva, ex-ministro do esporte, foram afastados por suspeitas de fraudes, desvio de recursos entre tantos outros golpes que caracterizam a política brasileira. 

A corrupção ainda é uma realidade no Brasil e essa faxina, para muitos, não foi feita direito, a sujeira foi apenas varrida para debaixo do tapete. Resta orarmos, já que a população dorme, enquanto sustenta este tipo de ação.

sábado, 24 de março de 2012

ATRAVÉS DOS TEMPOS

O poema épico, escrito no século XIV, é dividido em três partes, seguindo a viagem do poeta através do Inferno, Purgatório e Paraíso. O livro é visto como um dos pilares da literatura mundial. Mas a organização dos Direitos Humanos italiana, Gherush92, que aconselha organismos da ONU sobre questões de direitos humanos, quer que ele seja removido dos currículos escolares, ou pelo menos utilizado com mais cautela, por ter passagens “ofensivas e discriminatórias” e os jovens não possuírem os “filtros” para compreendê-las no contexto. (fonte: opinião e notícia) 

Não bastasse a ignorância brasileira, parece que a maldição de Monteiro Lobato atravessou o atlântico e chegou à Itália. Sim, para os desinformados, o livro “Caçadas de Pedrinho” foi alvo de inúmeras discussões. O Conselho Nacional de deseducação, opa, Educação, queria censurar a obra porque continha passagens racistas. Uma amostra clara de que as pessoas não sabem ler, ou ainda, entender o contexto e processo histórico que há, como pano de fundo, por trás de uma obra como as de Lobato, por exemplo. 

O mesmo aconteceu ao falecido Dante. Segundo a Organização de Direitos Humanos Italiana, Gherush92, o livro deve ser removido dos currículos escolares por conter passagens “ofensivas e discriminatórias” e que os jovens não possuem “filtros” para compreendê-lo. Concluindo temos dois agravantes: na Itália, onde o nível educacional está a anos luz da educação brasileira, os educadores não sabem lidar com obra e que os jovens são burros. 

Entretanto, algumas pessoas não se mostraram inertes diante de tais declarações como o poeta e crítico literário Maurizio Cucchi. Segundo Cucchi “os benefícios a serem obtidos a partir da leitura e do estudo da Divina Comédia são tantos que declarações deste tipo são simplesmente ridículas”, afirmou. Mas Maurizio Cucchi não foi o único estudioso lúcido que se postou a frente desta sandice divulgada pela Gherush92. Giulio Ferroni, historiador literário, crítico e autor, disse que esses comentários faziam parte de “outro frenesi do movimento ‘politicamente correto’, combinado com uma total falta de senso histórico”. Após este surto de bom senso, Ferroni ainda afirmou que é necessário ler a Divina Comédia em seu contexto. 
“Você poderia até incluir algumas notas a mais, mas seria loucura abandonar o estudo de uma obra que ajudou a construir a imagem da humanidade”, completou Giulio Ferroni. 
Alguns trechos foram destacados para justificar este atentando conta a cultura como o 28º, no qual Maomé é retratado rasgado “a partir do queixo para baixo da forma mais abominável possível” e o 26º dia no purgatório, que mostra os homossexuais sob uma chuva de fogo. Para completar a piada, a Gherush92 disse que NÃO defendia a censura e a queima dos livros, mas que fosse reconhecido que a obra tem conteúdo racista, antissemita e islamofóbico. Valentina Sereni, presidente da Gherush92, provando sua ignorância, completou: “a arte não pode estar acima de qualquer crítica.” 

Se esse retrocesso mental continuar, daqui uns dias alguma ONG de nível igual ou mais baixo que esta defenderá a retirada da bíblia do “currículo religioso”, já que a historinha de Caim e Abel é a personificação máxima do racismo.

SOBRE POLÍTICA, MANIPULAÇÃO E ARISTÓTELES

Neste sábado, 24 de março, o site da revista Veja, mais uma vez, usou o seu poder de propagação de ideias irrefutáveis, como sempre faz, e evidenciou o que todos nós já sabemos: Dilma é um erro. Alias quantos erros, digo, presidentes já tivemos? Deste a proclamação da república foram vários, senão todos. Mas política é um assunto complexo. E se tratando do Brasil, possui apenas um significado: ótimos benefícios para objetivos próprios - deixo alheias as interpretações. Como muito bem dito em algumas frases de facebook: "se política mudasse algo, certamente seria proibido". Mas como a base do poder é a alienação, nos resta conformar, afinal, ignorância se aprende na escola. E como o ensino no Brasil é muito defasado, resta esperar mais quinhentos anos para que haja um progresso notável.

Voltando ao assunto: a edição desta semana trata sobre uma entrevista de Dilma à revista e que rendeu um texto com pontos interessantes. O artigo "O Brasil aos olhos de Dilma", de forma indireta tenta mostra que Dilma está pouco se lixando para os problemas do país, e que não perde o sono por isto. Ótimo, isto não é novidade, e nem inédito de Dilma - mas não é interessante a "máquina de ficções" enfatiza isto.

O artigo de Cristiano Mariz talvez pudesse ser levado à sério, não fosse a tentativa descarada de manchar a moral inexistente de nossa presidenta, como mostra a citação a seguir.
Ela vinha de uma viagem à Alemanha, onde pareceu, inadequadamente, dar lições de governança à chanceler Angela Merkel. Na reunião que teria com os maiores empresários brasileiros, ela lhes daria “um puxão de orelha”, e, para completar o quadro recente de tensão, a base aliada do seu governo no Congresso estava em franca rebelião, contrariando seguidas iniciativas do Palácio do Planalto nas votações. Como pano de fundo da semana caótica, havia o fato de Dilma ainda não ter convencido a opinião pública de ser a grande gestora que o eleitorado escolheu para governar o Brasil em 2010.
Apesar das "novidades" ditas, um ponto no texto, uma citação de Guzzo, colunista da Veja, para ser preciso, retrata bem o ponto principal do texto, e o da nação brasileira:
“a maior parte das atividades do governo brasileiro hoje em dia poderia ser descrita como ficção”
 Seria uma reflexão mais completa de ele dissesse que ao invés de "hoje em dia", colocasse 'sempre'. Afinal, nossa política democrática nunca foi algo do povo, tão pouco algo que pudéssemos considerar "real".

Para Aristóteles, filósofo grego nascido no sec. 384 a.C., política, grosso modo, seria a forma de garantir a felicidade coletiva. Contudo, no contexto em que vivemos, o que seria essa felicidade? Dinheiro público gasto de forma sórdida? Ou revistas que manipulam nosso pensamento em busca de um ideal político utópico? Seja qual for essa felicidade, não a reconheço e tão pouco a vejo em nossa nação. Como diria Nunes, "oremos".

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GENTILEZA... VOCÊ ESTÁ FAZENDO ISTO ERRADO...

Vivemos em uma corrida constante pautados pelo tempo. Essa corrida, talvez, seja a grande responsável pela forma como agimos, pela falta do entusiasmado “bom dia!”, “como vai!” ou “como foi o seu dia?”. Porém, de forma sincera e interessada, ao contrário do que usamos ou fomos criados para usar. Resumindo, a falta de gentileza como sentimento espontâneo.
Hoje, temos um histórico muito grande de mortes no trânsito, que por mais incrível que pareça, acontece por brigas e discussões entre os motoristas. A falta de tolerância, mesclada ao estresse, muitas vezes causado pelo ritmo acelerado das grandes cidades, resultam em muitas dessas tragédias. Não nos interessamos por ouvir ao outro, e a gentileza, o amor ao próximo, tão difundida pelo cristianismo, parece se afrontar aos princípios, que na maioria das vezes, trazemos de casa. Não interessa saber o que o outro pensa, saber quais dificuldade a pessoa passa ou até mesmo se seus problemas são maiores ou menos graves do que os nossos.
Não é de se estranhar, somos criados em uma sociedade egoísta, obrigados a ser educados e cordiais. Aliás, considerados cordiais, porque se Sérgio de Holanda ainda estivesse vivo, concluiria que o povo brasileiro é tudo, menos cordial. Não existe cordialidade em matar por diversão: mendigos que dormiam em uma praça pública, como o ocorrido em Campinas (SP), no fim do ano passado.
Contudo, quando se é obrigado a ser educado... cordial... gentil... não podemos dizer que o resultado é muito bom.
É engraçado, mas quando criança é comum as brigas entre irmãos, e como medida de solução, os pais não despertam o desejo de compaixão e arrependimento dos filhos. Eles, literalmente, obrigam os filhos a “pedir desculpas” um ao outro. E assim, crescemos, achando que a gentileza é algo imposto, que temos a obrigação de ser. Neste contexto de conflitos, abandonamos a esses hábitos, que deixam de ser natural e passa a ser obrigatório. Uma falha lamentável que ocorre na educação.
Se nossa salvação dependesse da gentileza, como no purgatório de a “Divina Comédia”, certamente estaríamos perdidos.
Bom, mas o que poderia parecer piegas, ou apenas cena de filme americano, faria uma diferença notável no mundo. Talvez se a gentileza, em toda a sua complexidade, fosse usada, nossa realidade seria outra. Muita coisa poderia ser resolvida com um simples “perdoe-me”, “obrigado”, “não há de quê”... Imagine, talvez o paraíso de Lennon se tornasse real e o de Dante facilmente alcançável...

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Este artigo foi publicado originalmente para o blog Coranto News. Como atividade, tínhamos que ler sobre a "Divina Comédia", de Dante Alighieri, e produzir um texto que tratasse sobre a prática da gentileza para a construção de um mundo melhor. O resultado? Texto incríveis. Confira!

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